ELE PARA

Muito assustado, trêmulo, tentando retirar o cinto de segurança enquanto se via sob a mira de três
assaltantes nervosos que gritavam e batiam no vidro, Cesar entra em estado de choque e solta
involuntariamente o pé do freio, fazendo com que o carro ameaçasse sair. Era um carro automático,
um modelo que não gostava, mas comprou porque Eliane não gostava de carro manual. Com o tranco
do carro, dois dos marginais imediatamente atiraram. O gosto de ferro na boca, o suor congelante
despencando do rosto, a mão soltando do encaixe do cinto, o fraco suspiro e o último sinal de
consciência, Lucas... Eliane... 
Um dos tiros esfacelou seu crânio, o outro, apaixonadamente se alojou no peito, foi fatal. Desde a abordagem ao óbito foram doze segundos de cena. Ao tentarem roubar o carro seguinte, foram alcançados por policiais que vinham nos rastro dos meliantes que vinham fugidos de um tiroteio que ocorria na Cidade de Deus. Como ratos encurralados, atacaram os policiais, sendo rapidamente neutralizados.
Tentando fugir da violência, foi alcançado por ela. Tentando fugir da morte, foi por ela emboscado

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